Flores
Fruto Maduro
NOME INDIGENA: ACAJUÍ-AÇÚ,
vem do tupi guarani e significa “Fruta pequena do caroço que se come” O
adjetivo Açu refere-se ao tamanho da arvore. Também recebe o nome de Cajú Açu
da mata atlântica (Por causa do tamanho da arvore), cajuí amarelo do mato ou
cajuí vermelho do mato (Isso porque existem 2 variedades: a que produz vermelho
(mais comum) e a que produz fruto amarelo (mais rara).
Características: É
uma arvore bastante variável, podendo ser uma arvore pequena de até 6 m de
altura quando cultivada a pleno sol; podendo chegar a formar uma arvore grande
de 20 m de altura de altura no ambiente de origem. O tronco é único ou dividido
em 2 a 4 quando cultivado, com casca finamente fissurada (com estrias) no
sentido longitudinal de coloração cinzenta medindo de 20 a 50 cm de diâmetro.
As folhas são alternadas, espiraladas, simples, coriáceas (consistência rija de
couro), glabras (sem pelos), obovatas (forma de ovo invertido) medindo 12 a 20
cm de comprimento por 5 a 10 de largura. As flores nascem em panículas (cacho
composto de forma piramidal) subterminais com 15 a 35 flores femininas e
masculinas. O fruto propriamente dito é um aquênio (fruto seco com uma única
semente) de 1,5 a 2,5 cm de comprimento, com endocarpo (camada interna que
reveste a semente), duro e sobre esse mesocarpo (uma camada envolta da semente)
constituído de uma resina liquida caustica, aprendida pelo epicarpo (pele ou
casca) de cor castanha. Essa semente é fixada no pedúnculo (haste ou suporte)
que cresceu e formou o pseudofruto ou maçã do Caju, que é espessa, carnosa,
suculenta, aromática, de ótimo sabor e comestível.
Dicas para cultivo: A planta é muito rústica as condições de
solo, apreciando muito terras vermelhas ou amareladas do tipo latossolo,
profundas e de rápida drenagem. Prefere temperatura que fique entre 15 e 30
graus, adptando-se muito bem a mínimas de 6 a 10 graus no inverno e suportando
geadas ocasionais de até – 1 grau. Diferente do cajueiro
comum cultivado essa espécie não sofre
com a umidade do ar e é resistente a doenças fungicas. Planta de moderado
crescimento e que começa a produzir com 3 a 4 anos após o plantio.
Mudas: As
sementes são médias e ortodoxas (entram em dormência por causa da casca dura) e
devem ser semeadas na posição vertical, com a ponta voltada para baixo para
facilitar a germinação. Plantar diretamente em sacos individuais com substrato
arenoso e com 40% de matéria orgânica. A germinação se dá em 40 a 80 dias em
climas tropicais ou vai de 90 a 180 dias em climas subtropicais visto que a
semente entra em dormência no inverno. As mudas devem ser formadas em pleno sol
e atingem 40 cm com 15 meses de idade.
Plantando: As
covas devem ser abertas num espaçamento de 6 x 6 em climas subtropicais ou 10 x
10 m em climas tropicais; estas devem ter 50 cm nas três dimensões e ser preparada com
uma mistura de 60% terra superficial, mais 500 g de calcário + 500 g de cinzas
e 5 a 7 pás de composto orgânico bem curtido. A melhor época de plantio vai de
agosto a novembro. Irrigar com 10 l de água após o plantio e depois somente
quando o solo estiver bem seco na superfície.
Cultivando: A
adubação de formação é feita 6 meses após o plantio com 20 g de superfosfato
simples com objetivo de fornecer o enxofre de que a planta necessita. A
adubação de frutificação deve ser feita a partir do terceiro ano, com 4 pás de
composto orgânico bem curtido, mais 50 g de N-P-K 10-10-10, dobrando essa
quantidade a partir do quinto ano. As podas visam eliminar os galhos que
nascerem na base do tronco, os que nascerem voltados para o interior da copa e
aqueles ramos que se cruzarem com outros galhos já formados. Diversas pragas e
doenças atingem pomares comerciais, mais no pomar coleção rico em
biodiversidade não precisa se preocupar muito com isso.
Usos: Frutifica de dezembro a
fevereiro. A árvore é perenifólia e muito bonita para ser cultivada para sombra
em grandes espaços. Os pseudofrutos são consumidos in-natura e podem ser
aproveitados para fazer sucos e doces. A castanha da mesma forma que a do caju,
pode ser consumida após a queima e torração da casca. Também deve ser plantada
em reflorestamentos pois seus frutos alimentam a fauna em geral.
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