terça-feira, 26 de março de 2019

Cagaita



A cagaiteira é uma bela árvore, proveniente do Cerrado, que pode chegar a ter oito metros de altura. Seu fruto é pequeno com casca amarelo esverdeada, polpa suculenta e ácida e apresenta até quatro sementes no seu interior. Apesar de seu agradável sabor ácido e textura macia, a cagaita não deve ser consumida em grandes quantidades, pois tem um forte efeito laxativo. Além das atribuições medicinais e de produzir um suco muito saboroso, o fruto, rico em vitamina C e antioxidantes, é utilizado na fabricação de sorvetes. A polpa, com ou sem a casca, é energética, com baixo teor calórico.

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: CAGAITA vem do Tupi, mais não descobrimos a etimologia do nome. Também é conhecida como Orvalha do campo e Uvalha do cerrado.

Origem: Originaria dos cerradões e cerrados do centro do Brasil, aparecendo de maneira irregular nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul, Brasil. 

Características: Arvore pequena de 4 a 8 metros, notadamente decídua (perde as folhas no fim do inverno) de altura com copa arredondada ou cilíndrica de 2 a 4 metros de diâmetro. O tronco é cilíndrico e tortuoso, medindo 20 a 35 cm de diâmetro, com casca suberosa (grossa) e com sulcos profundos no sentido vertical e longitudinal; tendo coloração parda ou castanha. As folhas são opostas, simples, glabras (sem pelos) de textura coriácea (rija como couro). O limbo ou tecido foliar é luzidio ou brilhante na face superior, tem forma arredondada na base e no ápice, medindo 4 a 9 cm de comprimento por 2,5 a 4,5 cm de largura, sob pecíolo de 0,2 a 0,5 mm de comprimento contendo bifurcação com 1 e até 6 flores. As flores são hermafroditas, axilares (nasce na junção da folha e ramos da brotação do mesmo ano) sob pedúnculo ou haste de 1 a 3 cm de comprimento, cíclicas (com vários ciclos), diclamídeas (com dois envoltórios); com cálice (invólucro externo) de 4sépalas livres, e corola (invólucro interno) com 4 pétalas obovadas (com forma de ovo, só que a parte mais larga voltada para o ápice), brancas, medindo a 1,2 a 1,7 cm de comprimento. O Fruto é uma baga globosa, achatada nos polos de 2 a 4 cm de diâmetro com pele muito fina, amarelo clara quando madura, com polpa gelatinosa, sucosa, agridoce, envolvendo 1 a 2 sementes de 1 a 1,5 cm de comprimento de coloração creme e formato oval.

Dicas para cultivo: É planta de lento crescimento nos 2 primeiros anos iniciais de cultivo, mais é adaptável a diversas condições, podendo ser cultivada em climas com temperaturas anuais entre 18 a 36 graus, resistindo bem a geadas de até menos 3 graus negativos, frutifica em altitudes desde o nível do mar até 1.000 acima do nível do mar. Em seu lugar de origem as chuvas vão de 1.000 a 1.800 milímetros anuais; vegetando bem nos mais variados tipos de solos, principalmente os ácidos com terra do tipo latossolo (amarelada ou avermelhada) ou arenosos, mais que de preferência tenham boa drenagem e sejam profundos. Começa a frutificar com 4 a 7 anos de idade a depender do clima e praticas culturais.

Mudas: As sementes são ovais, recalcitrantes (perdem o poder germinativo em 20 dias). Por isso recomendo que semeie 1 sementes diretamente em saquinhos individuais de 21 cm de altura por 8 cm de diâmetro, contendo substrato de 50% de terra vermelha, 20% de areia e 30% de matéria orgânica bem curtida. Os saquinhos semeados devem ficar em pleno sol e receber irrigação dia sim, dia não. A germinação se dá em 40 a 80 dias, e as mudas atingem 30 cm com aproximadamente 12 meses após a germinação.

Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 4 x 4 m em climas com inverno mais frio e num espaçamento de 6 x 6 m em climas com inverno quente. As  covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 30% de areia + 30% de matéria orgânica e 500 g de cinzas de madeira aos 30 cm de terra da superfície da cova. Deixar curtir por 2 meses, e depois já se pode plantar na melhor época que vai de setembro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover.

Cultivando: A planta cresce lentamente nos primeiros 2 anos e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com pó de cerra e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Adubar com 2 kg de composto orgânico feito de esterco de galinha curtido e 30 gramas de NPK 10-10-10 a partir do mês de outubro. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do caule no inicio do mês de outubro. Fazer apenas podas de limpeza eliminando os galhos voltados e cruzados para o interior da copa.


Usos: Frutifica nos meses de Outubro a Novembro. Os frutos são consumidos in natura e tem sabor delicioso, devendo ser consumido em pequenas quantidades para não causar disenteria como o próprio nome cientifico diz. A polpa pode ser congelada e utilizada para produzir sucos, geleias e sorvetes deliciosos. A árvore é muito bela quando florida e as flores tem grande potencial apícola.  

Cambuci

 


O cambucizeiro, árvore da Mata Atlântica originalmente encontrada na Serra do Mar, chegou a estar em perigo de extinção pelo uso excessivo de  sua madeira e pelo alto crescimento urbano da região. O cambuci era muito abundante na cidade de São Paulo, chegando a dar nome a um de seus bairros tradicionais. Após um forte movimento para trazer o cambuci de volta para a região, a espécie está sendo preservada.
O nome cambuci é de origem indígena e deve-se ao formato de seus frutos, semelhantes a potes de cerâmica, que recebem o mesmo nome. Ricas em vitaminas, suas frutas têm um perfume intenso e adocicado, mas seu sabor é ácido como o do limão. Por essa razão, poucos apreciam consumi-la in natura. A fruta pode ser utilizada na produção de geleias, sorvetes, sucos, licores, mousse, sorvete, bolo, além do tradicional suco.

NOME INDIGENA: Cambuci vem do tupi guarani e significa “fruta semelhante a um pote que os índios usavam, chamado Camussí”. Também é chamada de Ubucabuci,  Camuci, Camoti, Camocim.


Origem: Espécie rara e restrita a floresta atlântica de maior altitude do rio de Janeiro e São Paulo.

Características: Arvore pequena de 3 a 5 m de altura, com copa alongada e ereta, com tronco de casca descamante em praças irregulares de cor cinza escura externamente. Os ramos e folhas novas são pubescentes e fuscos (cobertos de pelo como veludo). As folhas são simples e glabras (sem pelos) com textura subcoriácea (um pouco mais fina e rija do que o couro) medindo 6 a 10 cm de comprimento por 3 a 4 cm de largura, sob pecíolo ou haste de 3 a 4 mm de comprimento. A lamina foliar tem forma oblonga (mais longa que larga) com base ovada e do meio até o ápice é lanceolada (com forma de lança), com ponta acuminada (que se afina rapidamente). As flores são solitárias, hermafroditas, pentâmeras, isto é, organizadas com números de 5 sépalas carnosas com formato triangular e 5 pétalas orbiculares (com forma de circulo) com 1,3 cm de diâmetro e velutina (com superfície semelhante a veludo) na face externa; que nascem nas axilas das folhas.

Dicas para cultivo: Arvore de crescimento moderado e é resiste a geadas de -3 grau, vegeta bem em qualquer altitude. O solo pode ser profundo, úmido, acido, com constituição arenosa, pH entre 5,0 a 6,6 e com boa fertilidade natural. A arvore inicia a frutificação a partir do 4 ou 5 ano e necessita de cuidados especiais na faze juvenil pois a planta é delicada e muito sensível a seca no primeiro e segundo ano. A melhor época de plantio é o mês de novembro.

Mudas: As sementes são frágeis, laminadas e recalcitrantes (perde o poder germinativo rapidamente). Devem ser plantadas logo que colhidas, 2 por saquinho contendo substrato poroso e rico em matéria orgânica. A germinação inicia com 50 e vai até os 100 dias. As mudas atingem com 25 cm de altura com cerca de 9 a 10 meses no viveiro.

Plantando: Deve ser plantada a pleno sol num espaçamento 5 x 5 mAs covas devem ter 50 cm nas três dimensões e devem ser preenchidas com 10 kg de composto orgânico, 100 gramas de superfosfato, 800 gramas de cinza e 500 gramas de calcário, deixando curtir por aproximadamente 2 meses antes de plantar. A Melhor época de plantio é de outubro a novembro. A partir do terceiro ano, irrigue somente quando faltar água na época da florada.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. A adubação anual deve ser feita a partir do 3 ano e deve ser gradual, começando com 4 kg de composto orgânico (acrescentando 2 kg a cada ano) e 50 gramas de N-P-K na formula 10-10-10 (acrescentando 50 gramas a cada ano até o quarto ano). A irrigação é necessária para uma frutificação farta e regular.

Usos: Frutifica de fevereiro a março. Os frutos são maduros podem ser consumida in-natura apesar de serem ácidos. A Melhor forma de aproveitá-los é na fabricação de geléias, sorvetes e sucos ou batidas deliciosos.

Perinha-do-cerrado


Também conhecida como pêra do campoperinha do campocabacinha ou cabamixá-açú, o arbusto é nativo dos campos e Cerrados de praticamente todo o Brasil. Os frutos podem ser utilizados em sucos batidos com leite ou para fazer sorvetes, bolos e geleias. A planta, dificilmente encontrada nos dias de hoje, não pode faltar em projetos de recuperação dos Cerrados.

Tarumã-do-cerrado


Também conhecida como tarumã-boritarumã-de-fruta-azulmaria-pretamarianeiravelame-do-campo ou mameira, a árvore, proveniente do bioma do Cerrado, possui de seis a 20 metros de altura. Seus frutos, adocicados e com sabor agradável, assemelham-se a uma azeitona-preta e fazem a alegria de pássaros como periquitos e papagaios. Podem ser utilizados para fazer bebidas como vinho, licor e sucos, ou doces, como geleias ou caldas. Esta espécie é muito eficiente se usada na recomposição de áreas degradadas e pode ser utilizada no paisagismo de praças e jardins públicos.

Xixá


Frutifica nos meses de setembro a dezembro. Os frutos passam do amarelado para o avermelhado ao amadurecer, estes são semelhantes a um trevo com 4 ou 5 cápsula, cada uma contendo de 5 a 8 sementes, que tem uma amêndoa saborosa com gosto de amendoim e coco consumida in natura ou torrada. A arvore é ornamental e pode ser cultivada em grandes jardins e praças. A planta também não pode faltar em projetos de reflorestamentos na mata atlântica, devendo ser re-introduzida no seu habitat natural. As castanhas ou sementes alimentam araras e papagaios bem como toda a família dos roedores silvestres.

Veludo


Características da planta – arbusto armado de espinhos com até 6 metros de altura e ramos flexíveis. Tronco de casca fina e lisa. Folhas com pilosidade na parte inferior. Flores pequenas de coloração creme, aromáticas. Comestíveis também para a avifauna.
Fruto – Tipo drupa, globosa, superfície aveludada preta, polpa aquosa, adocicada envolvendo uma semente.

Uxi




O uxi amarelo serve para tratar alguns problemas de saúde, como artrite, bursite, reumatismo, asma, problemas do coração, diabetes, cirrose, febre, asma, gastrite, herpes, pressão alta, infecções urinárias, inflamação do útero, miomas, prostatite e úlceras gástricas

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: Uxí vem do tupi guarani, mais a etimologia e significado ainda não foi descoberto. Também recebe o nome de UchiáUxipucú e Uxizeiro.

Origem: Espécie rara e ocasional, presente na floresta de terra firma da Amazônia, ocorrendo no estado do Amazonas e no Pará, Brasil. 

Características: Arvore de grande porte, atingindo 20 a 30 m de altura com tronco grosso atingindo 40 a 100 cm de diâmetro. O tronco é cilíndrico e reto com casca espessa de cor marrom avermelhada. A copa é ampla, alongada e perenifólia. As folhas são simples, alternas, subcoriáceas (de textura firme) elíptico (com mesma largura) oblongas (mais longa que larga), medindo 10 a 20 cm de comprimento por 2,5 a 6 cm de largura. A base da lamina é cuneada (como cunha) e o ápice é acuminado (com ponta longa) e a margem é serrilhada. As flores nascem em cimeiras (cacho que termina com uma flor) axilares de 5 a 8 cm de comprimento, contendo de 30 a 55 flores pequenas de 3 a 5 mm de cor branco esverdeada, com cálice (invólucro externo) com 5 sépalas orbiculares e corola (invólucro interno) com 5 pétalas alongadas. O fruto é uma drupa elipsóide (com mesma largura da base a ponta), cilíndrica, medindo 5 a 7 cm de comprimento, com casca fina e amarronzada quando madura com fina camada de polpa oleosa e farinácea envolvendo um caroço lenhoso contendo 3 a 5 sementes finas e frágeis no seu interior.  

Dicas para cultivo: Planta de clima tropical, quente e chuvoso, crescimento lento e que aprecia qualquer tipo de solos com boa fertilidade natural, profundo e rápida drenagem da água das chuvas. Espécie muito sensível a geadas inferiores a 0 grau quando a planta é jovem (menor que 2 m), muito embora rebrote. Por isso em climas subtropicais onde ocorre geadas, recomendo que a espécie seja plantada na sombra ou embaixo da copa de arvores grandes para ser protegida de geadas. A planta frutifica abundantemente em pleno sol, mais não deve faltar água na época da florada e granagem dos frutos. Começa a frutificar com 7 a 15 anos a depender do clima e tratos culturais. Também pode ser cultivada na sombra onde frutifica razoavelmente. Depois que a arvore se torna adulta resiste a algumas geadas no inverno.

Mudas: As sementes verdadeiras estão presas nos caroços lenhosos. Para germinar mais facilmente recomendo cortar 0,6 mm da base do caroço. (nem todos os caroços contem sementes férteis). Após despolpados e secos os caroços conservam o poder germinativo por até 1 ano. Convém plantar 1 caroço direto em sacos individuais com substrato de 40% de terra vermelha, 40% de matéria orgânica e 20% de areia. A germinação ocorre em 7 a 12 meses. Os sacos individuais devem ter 13 cm de largura e 30 cm de altura. As mudas devem ser formadas na sombra e atingem 30 cm com 10 meses de vida quando cultivada em clima subtropical.

Plantando: Recomendo que seja plantada a plena sombra de outras arvores onde podem ocorrer geadas, num espaçamento 6 x 6 ou 7 x 7  m em covas abertas com no mínimo 2 meses antes do plantio, estas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 30% de areia saibro + 6 a 8 pás de matéria orgânica aos 30 cm de terra da superfície da cova; misturando junto + 500 g de calcário e 1 kg de cinzas de madeira. A melhor época de plantio é outubro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover.

Cultivando: A planta cresce lentamente e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com capim cortado e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Quando plantada no meio da mata, a medida que a muda crescer é importante ir podando as arvores ao redor para permitir que a arvore atinja o dossel da floresta. Deve-se fazer podas de formação da planta eliminando ramos e brotos que nascerem no tronco. Adubar no mês de outubro ou novembro, com 2 a 3 pás de composto orgânico feito de esterco de galinha curtido e 30 gramas de NPK 10-10-10. Distribuir os nutrientes à 10 cm superficialmente a 30 cm do caule no inicio do mês de outubro.

Usos: Frutifica nos meses de janeiro a maio. Os frutos têm sabor e cheiro forte e polpa oleosa, mas, depois que se acostuma com essa característica, são deliciosos para serem consumidos in-natura. Os frutos também podem ser utilizados para fazer sucos, doces, rechear bolos e sorvetes. A arvore pode ser cultivada como ornamental e é ótima para fazer sombra onde o clima é tropical e livre de geadas. Na região amazônica a espécie não pode faltar em projetos de revegetação, pois os seus frutos são a base alimentar de muitos animais.

Uvaia

Os frutos são doces e ácidos, muito aromáticos, ricos em vitamina C e podem ser consumidos in natura e na forma de sucos, sorvetes, caldas, compotas, vinhos, vinagres e como saborizante de licores e aguardentes. Apesar de deliciosos, os frutos da uvaia raramente são vistos em supermercados ou feiras, visto que se sua casca fina e delicada se rompe e amassa com facilidade, e a polpa oxida em poucas horas, o que provoca a rápida deterioração após a colheita. Por este motivo os cultivos comerciais são raros.

A árvore, também conhecida por uvalha ou uvaieira, tem de seis a 13 metros de altura. A espécie, proveniente da Mata Atlântica, ocorre nos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A uvaia tem aroma suave e agradável e possui alto teor de vitamina C (até quatro vezes mais do que a laranja). É muito utilizada para fazer sucos e largamente cultivada em pomares domésticos. Sua casca, na cor amarelo-ouro, é ligeiramente aveludada e  sua polpa muito delicada. Um dos grandes problemas desta fruta é que ela amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso, não é muito encontrada em supermercados.

Uva de urso


A Uva-de-urso (Arctostaphylos uva-ursi) é uma erva medicinal. É também conhecida como uva ursina, buxilo, buxulo, medronheiro, ursina, Uva-de-urso e uva dos ursos. Possui como habitat principal regiões montanhosas, e é uma das diversas espécies referidas como Amoras de urso

Uva


Os Benefícios da Uva para a saúde são incontáveis. As uvas contêm vitaminas, minerais e antioxidantes, além de muitos benefícios para a pele, cabelo, gravidez e o óleo da semente tem sido usada como remédio caseiro para muitas doenças.


Originada da Europa e Oriente Médio, a uva é um fruto da videira. Seu nome científico é Vitis vinifera L. e sua família botânica é a Vitaceae. A videira apresenta troncos retorcidos e flores esverdeadas, sendo uma planta própria de regiões de clima temperado. Registros apontam que o cultivo da uva se iniciou no período Neolítico, na região do Egito e Ásia Menor.

As uvas proporcionam um grande benefício à saúde. Além de ser uma fruta altamente energética, certas substâncias presentes na fruta ajudam a reduzir a pressão sanguínea através da dilatação das artérias. O suco da fruta também combate a acidez sanguínea, auxilia a digestão e possui capacidade desintoxicante, além de combater o envelhecimento.

As uvas podem ser divididas em quatro grupos. Uvas rústicas de mesa, como Niagara Branca, Niagara Rosada, Isabel e Concord, possuem um ciclo de cultivo de 135 a 155 dias. Uvas finas de mesa, como Itália, Rubi e Red Globe, que são as mais consumidas naturalmente. Existem também as uvas sem sementes, muito apreciadas para o consumo natural, e aquelas especialmente destinadas à fabricação industrial de vinhos.

Além da fabricação de vinho, a fruta é utilizada para se fazer sucos e geléia. A fabricação do vinho se iniciou desde 6000 a.C. No Brasil, o cultivo da uva começou em 1535 na Capitania de São Vicente, tendo grande impulso com a imigração italiana nos Estados de São Paulo e da região sul. Atualmente, os maiores produtores da fruta no Brasil são: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia.

Uva do japão



A uva-do-japão é uma árvore caduca, de porte médio, muito utilizada na arborização urbana. Sua copa é aberta, de formato globoso a oval. O caule apresenta rápido crescimento e pequeno diâmetro. Sua casca é escura, de textura lisa a levemente fissurada. As folhas são ovais, verdes, brilhantes, de disposição alterna e caem no outono e inverno. As flores numerosas, surgem no verão. Elas são pequenas, hermafroditas, perfumadas, branco-esverdeadas e atraem muitas abelhas. Os frutos são cápsulas secas, marrons, sustentadas por pedúnculos carnosos, doces e de cor castanha. Cada fruto contém de 2 a 4 sementes amarronzadas. A dispersão das sementes é zoocórica (por animais).Os frutos da uva-do-japão têm sabor aprazível, mas devem ser colhidos maduros. Quando verdes, têm sabor adstringente e quando passados, fermentam e ficam com gosto alcoólico. Eles podem ser consumidos in natura ou na forma de geléias. É uma árvore apropriada para o paisagismo urbano, em estacionamentos, rodovias, praças e parques. Devido ao seu tamanho um pouco avantajado (atinge cerca de 25 metros), a uva-do-japão não é indicada para arborização de calçadas sob fiação elétrica.

Urucum





Este fruto é rico em cálcio, fósforo, ferro, aminoácidos, e nas vitaminas B2, B3, A e C. Contém cianidina, os ácidos elágico e salicílico, saponinas e taninos, fitoquímicos que ajudam a prevenir e tratar doenças. Misturar as sementes com óleo de coco, ou azeite de oliva, é produzir um remédio caseiro que pode ser aplicado topicamente para tratar queimaduras, feridas e picadas de insetos. O interessante, é que impede a formação decicatrizes.
As sementes também são usadas com sucesso para a cura da icterícia. Para crianças, o chá das sementes deve ser dado para matar vermes. O uso da tintura remonta a antiguidade, para tratar doenças venéreas, controlar os sintomas da menopausa, melhorar a libido sexual, e para diminuir suores noturnos, dores, ou inchaço.
Semente e folha produzem efeitos diuréticos, e contêm propriedades adstringentes e antibacterianas. Se uso contínuo fortalece a função renal e o aparato digestivo. Proporciona alívio de azia, indigestão e o desconforto estomacal proveniente de comidas picantes.
O chá das folhas regula o nível do colesterol, trata hepatite, disenteria, febre, malária, edema, diminui a pressão sanguínea, e até combate os efeitos de mordida de cobras venenosas. Possui propriedades expectorantes, limpando o muco acumulado, e combatendo a asma, tosse e bronquite.
Para qualquer das condições, deve-se ferver 10 folhas em 1 litro de água por 10 minutos exatos. Divida em 3 partes, que devem ser consumidas de manhã, à tarde e à noite. Caso o problema seja no exterior do corpo, faça a mesma receita e aplique de maneira tópica por várias vezes no dia.
Para tratar hemorroida, deve-se ferver 1 vagem seca em 1 xícara de água, e beber pelo menos 3 vezes na semana, até quando necessário.

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: URUCUM vem do Tupi, e o significado tem a ver com tingir. Também é conhecida como: Açafloa, Coloral e Urucu.

Origem: Na natureza é uma planta rara de ser encontrada, aparecendo ocasionalmente na floresta pluvial amazônica e também na mata atlântica no estado da Bahia, sempre nas beiras de Rios. É uma espécie subespontânea na maior parte do Brasil por ser utilizada pelos índios. 
Características: Arvore pequena de 2 a 5 metros de altura com copa arredondada ou triangular, baixa e densa, de 2 a 4 metros de diâmetro com tronco múltiplo com 10 a 25 cm de diâmetro, com casca cinzento escura com textura quadriculada (botanicamente reticulado). As folhas são simples, glabras (sem pelos) de textura subcoriácea (pouco rija), ora alternadas, ora espiraladas com pecíolos (haste ou suporte) longo de 5 a 9 cm de comprimento. O limbo ou tecido foliar tem forma ovada (de ovo) com base obtusa ou arredondada e ápice apiculado (que termina em ponta curta com forma de V), medindo 6,5 a 12 cm de comprimento por 4,5 a 8 cm de largura. As flores são hermafroditas, reunidas em panículas (tipo de cacho de forma piramidal) terminais de 7 a 10 cm de comprimento, contando 4 a 16 flores grandes rosadas de até 3 cm de diâmetro quando abertas, contando pétalas côncavas (como barco), esbranquiçadas e com listinhas rosadas, medindo 8 a 12 mm de comprimento. Essa espécie é facilmente identificada por se notar os detalhes das pétalas e pelos estames (tubos masculinos) rosados e anteras (glândulas que carregam os grãos de pólen) esbranquiçados. Os frutos são do tipo capsulas arredondadas deiscentes (que se abre), meio arredondadas, medindo 3 a 4,5 cm de altura por 2,5 a 3,5 cm de largura, tendo casca recoberta de espinhos moles e com coloração vermelha ou amarela. No seu interior estão inúmeras sementes duras recoberta por arilo vermelho que é a parte utilizada.     

Dicas para cultivo: É planta extremamente adaptável podendo ser cultivada em climas com temperaturas anuais entre 18 a 36 graus, resistindo bem a geadas de até menos 3 graus negativos, frutifica em altitudes desde o nível do mar no Rio de Janeiro até 1,200 na zona da mata Mineira. Em seu lugar de origem as chuvas vão de 1.200 a 1.800 milímetros anuais; vegetando bem nos mais variados tipos de solos, ácidos ou alcalinos, argilosos ou arenosos, mais que de preferência tenham fertilidade e umidade natural. Começa a frutificar com 1 a 2 anos de idade a depender do tratos culturais.

Mudas: As sementes medem 3 mm são desuniformes e tem coloração amarronzada, podendo ser armazenada por até 1 ano depois de limpas. Recomendo que a semeadura seja feita diretamente em saquinhos individuais colocando 2 ou 3 sementes. Após a semeadura faz-se o desbaste deixando a planta mais vigorosa. Os saquinhos devem conter substrato feito de 40% de terra e 40% de matéria orgânica bem curtida e 20% de Areia. A germinação se dá em 20 a 40 dias, e as mudas atingem 35 cm com 4 a 5 meses após a germinação.

Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 4 x 4 m em climas mais frios e 6 x 6 m em climas mais quentes. As  covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 1 ou 2 pás de areia de rio + 5 ou 6 páz de matéria orgânica aos 30 cm de terra da superfície da cova. Deixar curtir por 2 meses, e depois já se pode plantar na melhor época que vai de setembro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover.

Cultivando: A planta cresce rápido e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com cobertura morta (Folha, grama cortada etc) e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Adubar com 2 kg de composto orgânico feito de esterco de galinha curtido e 30 gramas de NPK 10-10-10. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do caule no inicio do mês de outubro.

Usos: Frutifica nos meses de Agosto a Dezembro. Os frutos devem ser colhidos assim que começarem a se abrir com um leve aperto e o arilo deve ser retirado para ser usado como colorau (corante natural) ou como tempero ou condimento. A arvore pode e deve ser cultivada como ornamental e o arilo que tinge a pele é um poderoso protetor solar e espanta ou repele pernilongos como a dengue. 

Ugli


Ugli é uma fruta híbrida do grupo dos cítricos. Acredita-se que é um híbrido entre a toranja e a tangerina, ainda que outras fontes apontam que é um híbrido entre a tangerina e o pomelo. No primeiro caso, o seu nome científico seria Citrus reticulata x Citrus paradisi. A fruta é originária da Jamaica, e a cidade onde primeiro se produziu é Brown's Town em 1924. O ugli é muito semelhante um pomelo, mas ligeiramente maior, e com uma forma menos definida: enquanto que a laranja ou o pomelo são esféricos ou geoides, a grossa casca do ugli faz com que a sua forma seja mais "imperfeita". A sua casca é muito grossa, rugosa, e com uma cor verde ou amarela. Como o restante dos cítricos, o interior está recoberto por uma película branca, que guarda no interior uma série de uma dúzia de seções independentes porém ligadas, de cor laranja. O seu sabor é bem mais doce, como o da tangerina.

Tucum

Seus frutos são esféricos, com cerca de 2 centímetros de diâmetro. Quando verdes, contêm pequena polpa e água no interior, como o coco-da-baía. Quando maduros, ficam roxos, adocicados e saborosos, com caroço de casca fina e castanha de polpa branca e comestível. São produzidos em cachos e consumidos ao natural, chupando-se como a jabuticaba. São, também, muito utilizados em infusão na aguardente. Muito usado para pesca do Pacu nas bacias pantaneiras. Das folhas, faz-se uma fibra muito forte e útil. As sementes fornecem um óleo alimentício

Tarumã


As suas flores são melíferas. Os frutos são comestíveis, tendo um gosto adocicado, podendo ser consumidos in-natura ou usados para fazer doces tipo “goiabada” ou licores. Também são muito procurados e apreciados por macacos, pássaros e outras espécies da fauna. Chegam a ser usados até como isca para pescaria. Na medicina popular, as folhas em infusão são usadas como diurético e depurativo do sangue.
O tarumã é pouco calórico, não sendo considerado uma boa fonte de energia. Os teores dos minerais potássio, cálcio, magnésio, ferro e fósforo são mais elevados que os de frutos mais comumente consumidos pela população brasileira (a maçã, o pêssego, a pêra, o morango e o abacaxi). Entretanto, a quantidade encontrada nesse fruto, não supre as necessidades diárias recomendadas desses minerais para adultos.
Também conhecido como cinco-folhas, é um ótimo depurativo do sangue. Diurético, é indicado no combate de reumatismos, sífilis, dermatoses, atonia e disfunção do aparelho digestivo; também é usado no combate da pressão alta. A raiz é tônica e febrífuga, e é usada contra inflamações da bexiga e do útero, além de diversas doenças da pele.  As frutas são comestíveis e utilizada para as mesmas doenças.  

Toranja


A toranja ou toronja (Citrus × paradisi) é um citrino híbrido, resultante do cruzamento do pomelo (Citrus maxima) com a laranja (Citrus × sinensis). Este fruto também é conhecido pelos nomes de jamboa, grapefruit, laranja-melancia,pamplemussa, laranja vermelha, laranja-romã, entre outras denominações.
Ácida e azeda com uma doçura latente, a toranja tem uma suculência similar à da laranja e possui muitos dos mesmos benefícios para a saúde. A toranja é um citrino grande, parente da laranja e do limão, e é categorizada como branca (loira), rosa ou rubi. No entanto, esta terminologia não reflete a cor da sua casca (amarela ou amarela rosada), mas a cor da sua polpa.

Tangor


O tangor é um citrino híbrido da laranja mandarina (tangerina, Citrus reticulata) e da laranja doce (Citrus sinensis). O nome "tangor" é uma formação do "Tang", de Tangerina e o "or" da palavra laranja em inglês, orange. É confundido muita das vezes com uma laranja normal.

Tangerina


A tangerina é uma fruta cítrica rica em fibras, vitamina C e potássio. “Há também a presença de um componente antioxidante, descoberto recentemente, chamado nobiletina que controla e impede a elevação do colesterol, prevenindo assim, doenças cardiovasculares, como arteriosclerose e o AVC”, explica a nutricionista Bruna Petrungaro.
A vitamina C age como antioxidante que reforça as defesas e previne contra o envelhecimento precoce das células. O mineral potássio também contribui com a saúde cardíaca, já que ele é responsável pelo bom funcionamento cardíaco e pela transmissão dos impulsos nervosos.
As propriedades nutricionais presente na fruta ajudam no controle e prevenção de doenças como o diabetes e as doenças cardiovasculares. Vale ressaltar a importância de aliar uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e um estilo de vida saudável.

Tangelo

O tangelo é um citrino que é um híbrido de uma tangerina com uma toranja. Pode ter origem no Sudeste da Ásia durante 3500 anos atrás. Os frutos são do tamanho de um punho e os frutos adultos têm um sabor de tangerina, mas são muito suculentos, ao ponto de não dar muita polpa, mas produzem excelentes e abundantes sucos. Tangelos têm geralmente peles soltas e são mais fáceis de descascar do que as laranjas. Elas são facilmente distinguidas das laranjas por um característico mamilo no topo do fruto.

Tamazeira


A tramazeira (Sorbus aucuparia) é uma árvore de tamanho mediano, raramente ultrapassando os 15 m de altura (excepcionalmente até os 20 m). Distribui-se por toda a Europa, da Islândia à Rússia, passando pela Península Ibérica. Tolera o frio, podendo encontrar-se em elevadas altitudes. Os seus frutos são semelhantes às cerejas e ricos em vitamina C, podendo ser doces ou ácidos.

Tamarilo


O tamarilho é uma planta arbustiva, perenifólia, frutífera, nativa dos Andes do Peru, Equador, Chile, Colômbia e Bolívia, e que se espalhou por diversas regiões igualmente subtropicais, conquistando com seus frutos o paladar de diferentes culturas. Seu tronco é ereto, simples, lenhoso e emite ramos laterais após certa altura, não raro alcançando o porte de uma arvoreta, com cerca de 3 a 5 metros de altura. As folhas são simples, inteiras, verdes, grandes, pubescentes e de forma ovalada a cordiforme. As flores são róseas ou brancas, perfumadas e reunidas em cachos de 10 a 50. Elas podem se autopolinizar, mas ainda assim atraem abelhas e borboletas. Os frutos são comestíveis, tem um formato ovóide, com casca fina, brilhante, lisa ou rajada. Internamente, eles são septados, com numerosas sementes duras envoltas em uma polpa gelatinosa e assemelham-se aos tomates verdadeiros. De acordo com a variedade, os frutos podem ser amarelos, laranjas, vermelhos ou roxos.
O fruto do tamarilho é muito nutritivo e pobre em calorias, sendo rico em fibras, antioxidantes, minerais e vitaminas A, B6 e C. Além disso, é abundante em potássio, contribuindo para o equilíbrio de sais do nosso organismo. Os frutos tem um delicioso sabor agridoce e podem ser consumidosin natura, cozidos, grelhados ou assados. Eles são perfeitos para saladas, sucos, sorvetes, molhos, entradas, geléias e compotas.
Tamarillo (Cyphomandra betacea; Solanaceae)
Solanum betaceum, conhecido pelos nomes comuns tomate-de-árvore, tomate-arbóreo (do espanhol tomate de árbol),[1][2][3] conhecido em espanhol em inglês como tamarillo (nome inventado na Nova Zelândia, um dos principais exportadores do fruto, para que soasse mais exótico) e também chamado, em português, tomate-maracujá, tomarilho, tomate-francês ou tomate-inglês é o fruto da espécie Solanum betaceum, pertencente à família Solanaceae.
Nativo dos Andes, na América do Sul, o tomate-de-árvore é rico em vitamina A, sendo indicada para controlar o colesterol.[4] É apreciada ao natural e seu sabor agridoce também pode ser explorado com sucesso no preparo de sucos, geleias ou compotas, salada de frutas e molhospara acompanhar carnes.
A fruta é comercialmente cultivada na Nova Zelândia, na Califórnia e em Portugal. No Brasil, a fruta é cultivada em quintais, principalmente nos estados da Bahia, de Minas Gerais e de São Paulo. Na Bahia recebe o nome de "tomatão" e em São Paulo de "tomate-francês". Na região sul de Minas Gerais é popularmente conhecida como "tomate-de-árvore" ou "sangue-de-boi", enquanto mais ao norte do estado é conhecido também como "vinagre". No Paraná outro nome que ele recebe é o de "tomate-japonês". Em Portugal também é conhecida como "tomate-inglês" e "tomate-brasileiro".
Nasce em uma árvore de pequeno porte, que não requer cuidados especiais, mas que sofre bastante com as geadas pelo que necessita de ser protegida no Inverno. Propaga-se por sementes e por estacas dos ramos

Tâmara

 


A tâmara é altamente nutritiva devido á sua composição conter; proteínas, açúcares, sais minerais, vitaminas principalmente a vitamina C. A título de curiosidade e para ficar a saber, a tâmara tem em vitamina C em relação á banana até mais 100 vezes, em relação á laranja até mais 17 vezes, é extraordinário não é? Mas não é tudo sobre este super alimento, é muito doce, altamente apetecível e muito rica em fibras, potássio, ferro e cálcio. 

Sorva


Espécie conhecida como kumã uaçu ou sorva grande, dá abundante leite, rico emborracha e seu, frutos são muito saborosos e doces, tendo o epicárpio um pouco rijo,do qual se destaca a polpa que contém as sementes e que é a parte comestível.

Sorva ou sorveira (Sorbus domestica L.) é uma árvore da família das Rosaceae. É também conhecida pelos sinónimos botânicos de Cormus domestica (L.)Spach.) e Pyrus sorbus (Gaertn.), surgindo ainda a Sorbus maderensis que é uma das espécie endémicas da ilha da Madeira.
Apresenta-se como um arbusto com até 3 metros de altura, caducifólio, de caules lisos, castanho-avermelhados e folhas compostas, imparipinuladas de até 15 centímetros de comprimento, geralmente com 13 a 17 folíolos, elípticos, oblongos ou alanceolados, crenados.
Esta planta tem flores pequenas, esbranquiçadas a cremes, numerosas, reunidas em corimbos compostos, terminais, sendo os frutoscarnudos, globosos e de cor vermelha.
Trata-se de uma espécie endémica da ilha da Madeira, bastante rara, que surge no urzal de altitude.
A floração desta planta surge entre Junho e Julho.
Sorva Nome popular: sorva-pequena; sorvinha Nome científico: Coumo utilis Muell. Arg Família botânica: Apocynaceae Origem: Brasil - Região Amazônica
"Espécie conhecida como kumã uaçu ou sorva grande, dá abundante leite, rico emborracha e seu, frutos são muito saborosos e doces, tendo o epicárpio um pouco rijo,do qual se destaca a polpa que contém as sementes e que é a parte comestível." Barbosa Rodrigues (1891) citado por Paulo Cavalcante
Características da planta: Árvore de porte variado de 6 a 20 m de altura, copa ampla e densa. Possui látex abundante, leitoso e potável ao longo de toda a planta. Folhas rígidas com até 10 em de comprimento, verde-brilhantes. Flores pequenas, reunidas em número de 15 a 20, com coloração rósea. Floresce de maio a agosto.
Fruto: Globoso de coloração verde, passando a castanho-escura quando maduro, casca fina contendo suco leitoso e viscoso. Polpa mucilaginosa e de coloração amarelada.
Cultivo: Ocorre espontaneamente na região amazônica. Frutifica de novembro a fevereiro.
As sorveiras ou sorvas brasileiras são diversas e bastante comuns em toda a região amazônica, onde são frequentes, especialmente, em terras dos Estados do Amazonas, do Pará, do Amapá e de Rondônia, chegando até às Guianas, à Colômbia e ao Peru.
Encontram-se sorvas silvestres em meio à floresta densa de matas virgens, em terrenos alagados ou de terras firmes. Algumas variedades são espontâneas nos campos ou campinas e em matas secundários, sendo frequentemente cultivadas nos arredores de Manaus.
Os frutos das sorveiras, em todas as suas variedades, são do tamanho de limões e, no princípio, verdes, passando depois a uma cor parda e escura. Apesar de apresentarem um sabor bom e adocicado e de se constituírem em importante alimento para as populações regionais, sendo consumidos in natura ou como bebida refrigerante, os frutos da sorveira não são os únicos produtos que podem ser extraídos dessa árvore.
Do tronco das sorveiras, especialmente das espécies Couma macrocarga (sorva-grande) e Couma utilis (sorva-pequena), é possível extrair boas quantidades de um látex espesso, branco e viscoso, que é comestível e de paladar adocicado. Esse látex pode ser ingerido puro, porém sempre diluído em água. Dessa forma, é usado como bebida em substituição ao leite de vaca, acrescido de café ou, ainda, como ingrediente no preparo de mingaus.
Na floresta, por exemplo, é comum o seringueiro sair para sua jornada de trabalho sem precisar levar nenhum alimento: é em árvores como a sorveira e em seu látex consistente que o habitante da terra encontra parte de seu sustento diário.
Retirado das árvores por um processo semelhante ao da extração do látex da borracheira, o látex da sorveira tem, também, grande utilidade como matéria-prima industrial, em especial na fabricação de goma de mascar. Após a extração, o látex se solidifica e é comercializado em grandes blocos compactos destinados, basicamente, à exportação. Segundo Paulo Cavalcante, a exploração da sorva com essa finalidade e seu comércio já foram muito intensos na floresta, tendo se reduzido bastante nas Ultimas décadas.
O látex da sorveira pode, ainda, ser utilizado industrialmente na produção de gomas e de vernizes. Desde tempos longínquos, os nativos da Amazônia sabem que, além de suas utilidades alimentícias, o látex da sorveira tem propriedades isolantes, sendo bastante resistente ao tempo e à umidade. Coagulado e misturado com outras substâncias, por exemplo, esse látex é muito empregado na calafetação das einbarcacões e caiação das paredes das habitações amazônicas.
Tramazeira (rowan, em inglês).

Seriguela


Os frutos, de mesmo nome da planta, são de coloração verde, amarela ou vermelha, dependendo do estado de maturação e sua polpa tem pequena espessura ao redor de um grande caroço. Seu sabor é doce, e quando madura tem coloração amarelo opaca e leves tons de vermelho. Rica em carboidratos, a fruta é bastante doce. É fonte de vitaminas A, B e C e auxilia no fortalecimento da imunidade devido ao alto teor de cálcio, ferro e fósforo. Além disso, é muito recomendada no tratamento de anemias. Rica em antioxidantes atua contra os radicais livres que danificam as células e causam tumores. A siriguela é rica em fibras, contribuindo para o bom funcionamento do intestino e reduzindo as taxas de colesterol. Por ser fonte de carboidratos, é uma alternativa enérgica de peso, ideal para quem pratica esportes e atividades físicas com frequência. É indicada para aliviar espasmos, diarreia, disenteria, febre, gases, inflamações, para higiene de feridas e queimaduras.