NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: SAPOTA DO Solimões, o nome indígena e a etimologia ou significado não foi descoberto. Também é chamado de Sapota do Peru, Mamão colorado e Chupa-Chupa.
Origem: Originaria da floresta amazônica e endêmica da bacia do médio e alto rio Solimões, Brasil. Também ocorre no Peru e é bastante cultivada na Colômbia e Equador.
Características: Árvore de grande porte, atingindo 7 a 8 metros quando cultivada, podendo atingir até 40 m de altura quando no hábitat de origem na floresta primária. Geralmente tem tronco único e cilíndrico de 30 a 50 cm de diâmetro, com casca quase lisa e riticulada (como rede) de cor acinzentada. A copa é pequena e densa com grandes folhas e ramos ou galhos verticelados (saindo em ordem ou grupos de 3 ou 4 por nó). As folhas são alternas, simples, de textura subcoriácea (rija e grossa), estando fixada por pecíolos (haste ou suporte) cilíndricos com base larga, medindo 20 a 25 cm de comprimento. A lamina foliar é cordiforme (com forma de coração) e palminervio (com nervuras como palma de mão), medindo de 15 a 30 cm de diâmetro. As flores nascem nos ramos mais lenhosos, em grupos, e são formadas por cálice (invólucro externo) campanulado (como sino) com 5 pétalas obovadas de cor rosada ou amarelada. As flores são grandes, chegando a medir de 3 a 7 cm de comprimento. Os frutos são bagas arredondadas de 7 a 15 cm de diâmetro por 5 a 10 cm de altura, com casca marrom esverdeada e pulverulenta (como que coberta de areia), com cálice persistente com forma de prato. A polpa interna é espessa e alaranjada, meio fibrosa envolvendo de 3 a normalmente 5 sementes cuneiformes (forma de cunha) de 2 a 4 cm de comprimento por 1 a 2 cm de largura.
Dicas para cultivo: Planta de clima tropical, quente e chuvoso, de crescimento rápido e que aprecia qualquer tipo de solos com boa fertilidade natural e rápida drenagem da água das chuvas. Espécie muito sensível a geadas inferiores a 0 grau. Por isso em climas subtropicais onde ocorre geadas freqüentes, recomendo que a espécie não seja plantada. A planta frutifica abundantemente em pleno sol, mais não deve faltar água na época da florada e granagem dos frutos. Começa a frutificar com 5 a 7 anos a depender do clima e tratos culturais. Também pode ser cultivada na sombra onde frutifica razoavelmente.
Mudas: As sementes são grandes e alongadas, são recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secadas) e germinam em 30 a 40 dias se plantadas em substrato de 40% de terra vermelha, 40% de matéria orgânica e 20% de areia. Recomendo plantar 1 semente assim que colhida, diretamente em sacos individuais com 10 cm de largura e 25 cm de altura. As mudas devem ser formadas na sombra e atingem 30 cm com 7 a 8 meses de vida quando cultivada em clima subtropical.
Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol, num espaçamento 8 x 8 m em covas abertas com no mínimo 2 meses antes do plantio, estas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 30% de areia saibro + 6 a 8 pás de matéria orgânica aos 30 cm de terra da superfície da cova; misturando junto + 500 g de calcário e 1 kg de cinzas de madeira. A melhor época de plantio é outubro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover.
Cultivando: A planta cresce rápido e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com capim cortado e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Deve-se fazer podas de formação da planta eliminando ramos e brotos que nascerem no tronco e as folhas velhas ou resequidas. Adubar no mês de outubro ou novembro, com 4 kg de composto orgânico feito de esterco de galinha curtido e 30 gramas de NPK 10-10-10. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 30 cm do caule no inicio do mês de outubro. Dobrar essa adubação ano após ano até o 5 ano, depois manter consecutivamente.
Usos: Frutifica nos meses de Janeiro a Abril. Os frutos são deliciosos para serem consumidos in-natura e tem gosto que lembra sabor um pouco a manga e doce de abobora juntos. Os frutos também podem ser utilizados para fazer sucos, doces, rechear bolos e fabricar sorvetes. A arvore pode ser cultivada como ornamental e é ótima para fazer sombra onde o clima é tropical e livre de geadas. Na região amazônica a espécie não pode faltar em projetos de revegetação pois sua produção farta de frutos alimenta a fauna em geral.
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