sexta-feira, 5 de abril de 2019

Pequi anão




NOME INDIGENA: Pequi vem do tupi-guarani e significa “Fruto com espinho na semente”, referindo-se a grande quantidade de espinho que forma uma “pele” sobre a semente. Também chamado de Pequi mirim, Pequi de folha grossa, Pequi paulista e Pequi anão ou Pequirim para a Variedade nana.

Origem: Ocorre tanto no cerradão como em formações campestres do bioma do Cerrado principalmente em Minas Gerais, São Paulo e Norte do Paraná, Brasil. 

Características: A arvore do Pequi paulista atinge 4 a 7 metros de altura com copa aberta e arredonda e com tronco medindo de 20 a 40 cm de diâmetro, com casca de cor castanha acinzentada. O Pequirim difere apenas no tamanho da espécie tipo; atingindo 0,30 cm a 1,20 m de altura.  As folhas das duas espécies são compostas e trifoliadas (com 3 folíolos) com pecíolo ou haste de 3 a 12 cm de comprimento. Os 2 folíolos ou folhas laterais têm forma oval, com base aguda e a folha central tem base obtusa (com ângulo encurvado). A textura da lamina foliar é áspera ao tato por ter pequenos pelos velutinos-pubescentes, e coriácea (consistência de couro); medindo  7 a 12 cm de comprimento por 5 a 10 cm de largura. A inflorescência aparece num racemo terminal (eixo em que as flores se inserem formando um cacho). Cada cacho contém de 10 a 30 flores (no Pequirim 4 a 12 flores), actinomorfa (com planos de simetria passando pelo eixo), com pedicelo longo (haste que suporta a flor e mais tarde um fruto); formada de cálice (invólucro externo) com 5 sépalas verdes ou avermelhadas e corola (invólucro interno) amarelo clara envolvendo com 5 pétalas de base elíptica (com raios à partir um ponto) e ápice arredondado, medindo de 2 a 4 cm de comprimento.

Dicas para cultivo: Aprecia solos arenosos ou vermelhos que tenham rápida drenagem, profundos, com boa fertilidade natural e com pH entre 4,5 a 6,0. A planta vegeta melhor em altitudes de 350 a 900 acima do nível do mar, com índice de 850 a 1.600 mm anuais. Quanto ao clima, prefere as temperaturas medias anuais de 18 a 27 graus, embora resista a geadas com até – 2 graus. É muito resistente a seca e as duas variedades começam a produzir com 3 a 4 anos após o plantio. O Pequirim pode ser plantado em vasos grandes de 40 cm de boca e 60 cm de altura contendo 40% de terra vermelha, 40% de areia saibro e 20% de matéria orgânica bem curtida.

Mudas: As sementes são menores do que o pequi mineiro e devem ser semeadas logo que colhidas em sacos individuais contendo substrato arenoso. Semear 2 sementes por embalagem à 5 cm de profundidade. Tem índice de germinação em torno de 50%, iniciando-se com 40 a 60 dias e o restante com 90 a 120 dias depois, no inicio da estação do verão. Formar a muda em pleno sol e irrigar todos os dias, não deixando encharcar. Assim as mudas atingem 25 cm com 12 meses após a germinação.

Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 6 x 6 m para o Pequi paulista e 3 x 3 m para o Pequirim. Fazer covas quadradas com 50 cm de largura, altura e profundidade, adicionando aos 30 cm da terra do solo 3 pás de areia saibro, 3 pás de matéria orgânica bem curtida e 500 g de cinza de madeira. A melhor época de plantio é novembro a janeiro, convém irrigar 10 l de água após o plantio, repetindo a irrigação a cada 10 dias se não chover.

Cultivando: A planta não necessita de cuidados especiais, tomando cuidado apenas com ervas daninhas que devem ser periodicamente capinadas para que não sufoque a planta, principalmente a variedade anã. Fazer podas de formação e eliminar os ramos e galhos que crescerem para a lateral. Adubar com composto orgânico, pode ser 5 kg de composto orgânico bem curtido + 40 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 3ª ano. Distribuir os nutrientes à 5 cmde profundidade, em círculos distanciados à 20 cm do tronco.

Usos: Frutifica de janeiro a fevereiro. Os frutos são muito usados para se cozinhar com arroz ou outros pratos salgados. A amêndoa ou castanha é comestível e muito saborosa. A variedade anã é muito ornamental devendo ser utilizada para jardinagem. A variedade arbórea não pode faltar em projetos de reflorestamento.

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