quinta-feira, 4 de abril de 2019

Guajuraia




NOME INDIGENA: GUAJURAIA– vem do tupi-guarani e significa “Fruta amarela de casca amarga e acida” (de Gua – Fruta, Ju – Amarelo, Ra –amargo, aia – acido). Também recebe o nome de Pitanga-guabiroba (pois parece uma mistura das 2 espécies) e de Azedinha.

Origem: Nativa e endêmica da Floresta semidecidua (que perdem as folhas), aparecendo ocasionalmente beira de rios ou na cabeceira das nascentes, ocorrendo principalmente nos estados de São Paulo, Paraná, e é ainda mais rara nos estados da Bahia e no Espirito Santo, Brasil. 

Características: arvore de médio porte quando cultivada a pleno sol, atingindo 2 a 4 m de altura; mais quando na mata, pode atingir de 5 a 8 m de altura. O tronco é cilíndrico, com 12 a 28 cm de diâmetro, de cor cinzento esbranquiçado com casca que se desprende verticalmente em tiras retangulares. A copa é ovada ou alongada, semi caducifólia (perde parte das folhas no inverno). Essa espécie é facilmente identificada por ter folhas pilosas (com pelos) na brotação e ser discolor(com 2 cores) quando adulta. As folhas são simples, subcoriáceas (rijas), de cor verde escura, glabra (sem pelos) elípticas (alongada e estreita) medindo 3 a 5,5 cm de comprimento por 1,5 a 3 cm de largura, com base cuneada (forma de cunha) e ápice agudo (com ponta longa). As flores nascem nas axilas das folhas, são solitárias ou aos pares nos ramos desfolhados sob pedicelos (haste ou suporte) de 10 a 18 mm de comprimento. As flores são brancas com cálice com 4 lobos (recortes) desiguais, os esternos com 2 por 3 mm e os internos com 3 por 3 mm. Os frutos são bagas globosas amarelo escuras com pele fina de 12 a 15 mm de altura por a 1 a 2 cm de diâmetro contendo de 1 a 3 sementes globosas.

Dicas para cultivo: planta de fácil cultivo e resiste a baixas temperaturas (até – 5 graus), embora seja de altitude acima de 500 m, frutifica bem quando plantada ao nível do mar; o solo deve ser profundo, úmido, neutro, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho). Embora na natureza apareça na beira de rios, as plantas podem ser cultivadas em terrenos mais enxutos, longe de rios.

Mudas: As sementes são arredondadas de cor creme esbranquiçada com 6 a 9 mm de diâmetro, recalcitrantes (perde o poder germinativo em 20 a 30 dias) e por isso devem ser plantadas logo que colhidas em substrato organo-arenoso. Recomendo plantar 1 semente por saco individual e germinação ocorre em 30 a 50 dias, e as mudas atingem 30 cm com 8 a 10 meses de viveiro. Após plantada, Creio que comesse a frutificar com 4 a 5 anos. As mudas desenvolvem-se tanto em pleno sol, como na sombra.

Plantando: Pode ser plantada tanto a pleno sol como na sombra em bosques com arvores grandes bem espaçadas. Espaçamento 5 x 5 m. Faça cova quadradas com 50 cm nas três dimensões e adicione 500kg de calcário, 1 kg de cinzas e cerca de 40% de matéria orgânica, deixando curtir por 2 meses. A melhor época de plantio é de outubro a novembro. Irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com 4 pás de matéria orgânica bem curtida + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 3ª ano, depois manter essa adubação. A planta é rustica, tem crescimento moderado e é muito resistente a pragas e doenças.

Usos: Frutifica nos meses de outubro a novembro. Os frutos podem ser consumidos in natura, mais nunca consumir os frutos retirados da arvore, os mesmos apesar de amarelos e maduros precisam “chegar no ponto” por + 2 a 4 dias para ficarem doce acidulados e livre do amargor inicial. Os frutos podem ser despolpados e a polpa utilizada na forma de sucos, sorvetes e geleias. Os frutos dessa espécie alimentam Quatis, Macacos, Pacas, Graxaim e a Irara. As flores tem grande potencial apícola.

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