terça-feira, 2 de abril de 2019

Capitaí ou Castanhazinha do brejo


NOME INDIGENA: Capitaí ou Carume-pitai, etimologia não descoberta. Também chamada de Castanhazinha do brejo e castanhazinha de nhambu.

Origem: espécie rara e endêmica do Brasil, ocorre em matas de brejos e em campos rupestres ocorrendo somente nos estados de Minas Gerais e São Paulo, Brasil.

Características: Arbusto de 1 a 2 e mais raramente 3,5 m quando no meio da floresta; tem troncos múltiplos de coloração castanho claro e atinge no máximo 5 cm de diâmetro na altura de 40 cm do solo. As folhas formam grupos adensados ao longo dos ramos, são oblongo-obovadas (com forma de ovo invertido porém  como se fosse esticado), de textura membranácea a coriácea (delicada a rija) com base cuneada (forma de cunha) curtamente decorrente ou emendada ao pecíolo e ápice obtuso ou acuminado (arredondado ou pontudo); medindo 9 a 19,8 cm de comprimento por 3,7 a 7,1 cm de largura. As flores surgem racemos (cacho) de 4 a 15 cm de comprimento, tomentoso-ferrugineo (com pelos avermelhados) com flores masculinas ou femininas de 1 a 5 mm de comprimento. Os frutos são drupas (com uma semente) apiculadas de 7 a 1,3 cm de diâmetro de cor vinácea quando madura.

Dicas para cultivo: Planta subtropical, resiste a solos encharcados, podendo ficar submersa por mais de 1 mês. Também é resistente a geadas de até – 3 grau, pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se a qualquer tipo de solo. Pode ser plantada a pleno sol ou na sombra de arvores grandes. Pode ser cultivada em terrarios e em vasos grandes com sucesso.

Mudas: As sementes são arredondadas e recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secas totalmente). Germinam em 40 a 60 dias com 65% de germinação se semeadas (3 sementes por embalagem) diretamente em sacos individuais contendo substrato organo-argiloso. As mudas atingem 40 cm com 5 meses após a germinação. Formar as mudas em ambiente sombreado. A frutificação inicia-se com 2 a 3 anos, dependendo do solo e tratos culturais.

Plantando: No pomar planta-se num espaçamento de 3 x 3 m sempre onde o solo for bastante úmido ou que possa ser irrigado freqüentemente. Após o plantio irrigar com 10 l de água por semana nos primeiros 2 meses. As covas devem ter 50 cm nas três dimensões e convém adicionar aos 30 cm da superfície 8 kg de matéria orgânica bem curtida, 500 g de cinzas, 200g de torta de mamona e 400 g de calcário, misturar tudo e deixar curtir por 2 meses. O plantio deve ser feito a partir de outubro. Plantar em vasos com 40 cm de diâmetro e 50 cm de altura. Uma dica; Tapar os furos do fundo do vaso e abrir novos furos à 20 cm do fundo para que o fundo do vaso fique bem encharcado. Usar substrato feito de 40% de terra branca argilosa, 40% de matéria orgânica bem curtida e 20% de areia de rio.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação deixando formar 4 ou 5 troncos, depois eliminar ramos que nascerem na base do tronco ou aqueles que ficarem cruzados e voltados para o centro da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser 4 kg de matéria orgânica bem curtida + 20 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia no 2ª ano, e depois permanecer com o mesmo volume de adubação consecutivamente.

Usos: Frutifica em dezembro a maio. A planta é muito ornamental devido as folhas e floração. Os frutos tem fina camada de polpa e uma semente grande com sabor semelhante a castanha do Pará, comestível in-natura.

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